Veja se este é o seu caso e saiba o que fazer
Os grupos de consórcio representam uma importante alternativa de investimento para brasileiros, pois permitem que os indivíduos tenham acesso a bens e serviços de alto valor, como imóveis, veículos e instalações de painéis de energia solar, sem que precisem desembolsar todo o valor à vista.
No entanto, muitas vezes, o dinheiro dos consorciados acaba sendo esquecido nos grupos de consórcio ao longo dos anos por uma série de motivos.
De acordo com dados oferecidos pelo Panorama do Sistema de Consórcios do Banco Central, ao fim de 2021, cerca de R$ 2,16 bilhões estavam esquecidos pelos brasileiros em grupos de consórcio.
Esse valor corresponde a recursos que foram acumulados em contas de consorciados que não compareceram às assembleias ou que não acompanharam as informações a respeito do pagamento de seu crédito.
Tal situação pode acontecer com mais frequência do que se imagina, já que muitas pessoas participam de consórcios, mas nem sempre estão atentas a todas as regras e condições envolvidas em seus grupos.
O dinheiro esquecido em grupos de consórcio ocorre quando um membro do consórcio desiste do grupo antes de ser contemplado com o bem ou serviço desejado e deixa de solicitar o reembolso dos valores já pagos.
Ou, ainda, quando o consorciado consegue ser contemplado, mas, por algum motivo, não retira o dinheiro ou não o utiliza para a compra do bem.
Essa situação pode gerar uma série de problemas para serem resolvidos, tanto para o consorciado quanto para a empresa que administra o consórcio.
Para o integrante do grupo, significa perder o dinheiro já investido, já que o valor fica parado na conta do grupo, sem ser utilizado. E como não há nenhum tipo de rentabilidade para esse dinheiro, ele acaba perdendo seu valor de compra com o tempo, devido à inflação e outros fatores.
Além disso, de acordo com a Lei 11.795, a Lei dos Consórcios, as empresas que gerenciam estes recursos têm o direito de cobrar uma taxa para a manutenção do dinheiro que não foi resgatado.
De acordo com dados do relatório do Banco Central, em 2021, essa taxa totalizou R$ 943 milhões, o que indica uma alta de 14,6% em relação ao observado no ano anterior.
Para a organização responsável pelo consórcio, este tipo de ocorrência pode resultar em problemas de contabilidade e gestão financeira.
Como tentativa de solucionar esse tipo de ocorrência, as administradoras de consórcio costumam enviar comunicados aos consorciados informando sobre o valor esquecido e dando prazos para a regularização da situação.
Por isso, é fundamental manter toda a atenção e cuidado ao participar de um consórcio, para evitar prejuízos e garantir o bom funcionamento do grupo.
Como saber se há dinheiro esquecido em grupos de consórcio?
Se você já participou de um grupo de consórcio e não tem certeza se deixou dinheiro esquecido, saiba que é possível verificar essa informação e recuperar os valores, caso seja necessário.
Veja abaixo algumas dicas para saber se você tem dinheiro esquecido em grupos de consórcio:
- Verificação dos contratos de consórcio: o primeiro passo é conferir os contratos dos grupos de consórcio dos quais o cliente já participou, para saber se há valores a serem recuperados. É preciso que as cláusulas que tratam da devolução de valores, bem como as multas e taxas previstas em caso de desistência ou não utilização do valor da contemplação, sejam lidas atentamente.
- Entre em contato com a administradora: caso tenha dúvidas sobre dinheiro a ser recuperado, entre em contato com a organização responsável pela administração do grupo de consórcio. Peça informações sobre o saldo, valores pagos e não utilizados e sobre como funcionam os procedimentos para solicitação da devolução de valores.
- Consulte o site do Banco Central: outra opção é consultar o site do Banco Central do Brasil, que disponibiliza um serviço gratuito de consulta de valores esquecidos em consórcios e outras instituições financeiras. Para isso, basta acessar o site do Banco Central, clicar na opção “Valores a Receber” e seguir as instruções do órgão para realizar a consulta.
- Verifique se há valores a receber: por fim, caso tenha certeza de que deixou dinheiro esquecido em um grupo de consórcio, verifique se há valores a receber. Confira o saldo, descontando as multas e taxas previstas em contrato, e solicite a devolução dos valores para a empresa o mais breve possível.
Na Porto Vale Consórcio, em caso de esquecimentos, a recomendação é acessar o 0800 da empresa o mais breve possível, para que a situação possa ser normalizada, como explica Tainá Lopes, gerente da empresa.
“Como conselho para evitar tal situação, é importante realizar um acompanhamento mensal da cota cancelada, quando é o caso”, afirma a especialista.
Quais as principais causas para o esquecimento do dinheiro em grupos de consórcio?
O dinheiro deixado em grupos de consórcio pode ter diferentes origens, como mensalidades pagas e não utilizadas, lances dados em sorteios não contemplados ou ainda o valor da contemplação não utilizado pelo consorciado.
Em geral, os consorciados que desistem do grupo antes da contemplação têm direito à devolução dos valores pagos, descontadas as taxas administrativas e multas previstas em contrato.
Já os consorciados contemplados que não utilizam o valor da contemplação podem solicitar a devolução desse montante, desde que cumpridas as condições estipuladas em contrato.
No entanto, é importante estar atento aos prazos para solicitação da devolução do dinheiro. Em geral, as administradoras de consórcio estipulam um prazo de até 180 dias após o encerramento do grupo para que os consorciados solicitem a devolução dos valores.
Caso o prazo para solicitação da devolução já tenha expirado, é possível buscar outras formas de recuperar o dinheiro deixado em grupos de consórcio, como a venda da cota para terceiros interessados.
Essa opção pode ser vantajosa para quem não tem mais interesse em continuar no grupo, mas não quer perder todo o dinheiro já investido.
Para evitar problemas ainda maiores, é preciso que todos os procedimentos específicos da empresa, estipulados em contrato, sejam seguidos. Por isso, é importante estar atento às regras do grupo desde o momento da adesão, além de entender seus direitos como consorciado.
Como os consórcios lidam com inadimplências?
As inadimplências em grupos de consórcio são um problema recorrente e que afeta tanto os clientes quanto as administradoras responsáveis pelos grupos.
Quando um participante deixa de pagar as mensalidades, as consequências podem ser graves para o próprio consorciado e para os demais participantes do grupo.
A inadimplência em grupos de consórcio pode acontecer por diversos motivos, como emergências financeiras, desemprego, mudança de prioridades ou simplesmente por falta de planejamento.
Independentemente da causa, é importante lembrar que a falta de pagamento das mensalidades pode gerar multas e juros, além de atrasar a contemplação do consorciado e prejudicar o grupo como um todo.
Para o gerente de equipe da Porto Vale Consórcio, Alan Vitorino, contar com o suporte adequado da equipe de consultores da empresa pode fazer toda a diferença nesse quesito.
“Nós trabalhamos fortemente com todos os nossos clientes, mensalmente, para que não gere nenhum tipo de desconfiança e desconforto, e para que o cliente também não deixe de pagar a sua parcela, muitas vezes por esquecimento do próprio boleto”, explica o especialista.
Uma das principais consequências da inadimplência em grupos de consórcio é a perda da cota. Caso o consorciado fique inadimplente por um período prolongado, a administradora tem o direito de tomar as medidas necessárias para garantir o pagamento das mensalidades em atraso, como a cobrança judicial ou a retirada da cota do consorciado.
Além disso, a inadimplência em grupos de consórcio pode prejudicar o andamento do próprio coletivo, já que os recursos financeiros necessários para a contemplação dos consorciados podem ficar comprometidos.
Para evitar a inadimplência em grupos de consórcio, é fundamental que os consorciados façam um planejamento financeiro adequado, levando em conta os valores das mensalidades e suas respectivas datas de vencimento.
Além disso, é importante escolher um grupo com boa reputação no mercado e que ofereça condições adequadas para a contemplação.
Caso já esteja inadimplente, o consorciado deve procurar a administradora do grupo e negociar uma forma de regularizar a situação. Em alguns casos, é possível negociar um parcelamento das mensalidades em atraso ou até mesmo uma redução nas multas e juros.
Uma das melhores formas de evitar a inadimplência, principalmente em caso de emergências econômicas, é a contratação de um seguro para consórcio. Nesse segmento, o seguro-desemprego é uma das modalidades mais populares.
Em caso de desemprego, o consorciado tem até seis meses de mensalidades pagas, para que não fique inadimplente e não tenha que perder sua cota, até que consiga se estabilizar novamente.
Para conhecer mais a respeito das normas, taxas e possibilidades oferecidas pelo universo dos consórcios, conheça o catálogo de planos da Porto Vale Consórcio, maior afiliada do grupo Porto no Brasil.